Olá concurseiros. Os
 pedidos referentes à abertura de 1.352 vagas na Polícia Federal 
tramitam no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) desde 
outubro do ano passado. A espera pela autorização das oportunidades tem 
mexido com os ânimos dos futuros candidatos e da própria PF, que já 
revelou ter carência de servidores. O principal obstáculo nos trâmites 
que credenciam a instituição a abrir seleções já é conhecido (e até 
temido) entre os concursandos: o corte de R$ 50 bilhões no Orçamento 
Geral da União de 2011. A
 medida, que também suspende de forma temporária novos processos 
seletivos públicos federais e a nomeação de aprovados em concursos 
recentes, afeta os órgãos do Executivo. Mas há exceções e os casos estão
 sendo avaliados pela ministra do Planejamento, Miriam Belchior. No que 
diz respeito à solicitação da Polícia Federal, segundo o JC&E 
apurou, o aval da ministra é aguardado com otimismo – e há indícios de 
que isso possa acontecer ainda este ano.
A
 PF e o Ministério da Justiça (MJ), órgão ao qual ela é vinculada, 
confirmaram, por meio de suas assessorias de imprensa, que a necessidade
 de se contratar mais profissionais é evidente. Para preencher o quadro 
de pessoal da instituição, foram pedidas autorizações de vagas para 
cinco carreiras de níveis médio e superior. Essa demanda, caracterizada 
como urgente, já é motivo para colocar a Polícia Federal na categoria de
 exceções ao corte orçamentário.
Outro
 fator que pode sinalizar uma resposta positiva por parte do MPOG surgiu
 no último dia 8, quando a presidente Dilma Rousseff lançou, no Palácio 
do Planalto, o Plano Estratégico de Fronteiras. De acordo com o Blog do 
Planalto, canal de comunicação da Presidência da República com a 
sociedade, “a iniciativa prevê uma série de operações integradas entre 
as Forças Armadas e os órgãos de segurança pública federais para 
prevenir e reprimir ilícitos transnacionais”. O plano será colocado em 
prática para combater, nas áreas de fronteira, o tráfico de drogas, 
armas e pessoas; o contrabando ambiental e fiscal; entre outros. As 
ações terão a participação da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária 
Federal, do Exército, da Marinha, da Aeronáutica, da Secretaria Nacional
 de Segurança Pública e da Força Nacional de Segurança Pública. Dessa 
maneira, as seleções para as 1.352 oportunidades tornam-se ainda mais 
necessárias. A assessoria do MJ informou que a intenção do ministro José
 Eduardo Cardozo será priorizar os concursos da PF e da PRF – e que os 
contratados deverão atuar, primeiramente, nas fronteiras.
A
 ministra Miriam Belchior ainda não se manifestou sobre os pedidos de 
novos postos, mas a assessoria da Polícia Federal acredita que isso não 
deva demorar a acontecer. A pressão, até mesmo por parte dos possíveis 
candidatos, que ligam na instituição cobrando novidades, é grande. 
Contatada, a assessoria do ministério do Planejamento manteve a posição 
de se limitar a dizer que é necessário aguardar a conclusão das 
análises.
Cargos e remunerações – Do total de vagas solicitadas, 396 contemplarão a carreira de agente de polícia, 362 a de escrivão e 116 a
 de papiloscopista, todas com exigência de nível superior completo em 
qualquer área. O salário previsto para quem ocupar essas funções 
atingirá os R$ 7.514,33.
O
 posto de delegado, que tem como requisito o nível superior completo em 
direito, poderá contar com 150 ofertas; nesta categoria, o vencimento 
previsto corresponderá a R$ 13.368,68.
As
 328 oportunidades restantes serão para agente administrativo (nível 
médio). A quantia paga a quem exerce esta atividade atualmente não foi 
especificada, mas é possível ter uma ideia com base na tabela de 
remuneração dos servidores federais de 2010, cujo valor era de R$ 
2.988,44, já com as gratificações.
Os editais
 – Quando a abertura dos processos seletivos começou a ser discutida, a 
assessoria do órgão revelou que pretendia lançar, primeiramente, o 
edital com chances para agente administrativo. Em seguida, aconteceriam 
as seleções para os demais cargos, mas as prioridades seriam para agente
 de polícia e papiloscopista.
Últimos concursos
 – A PF disponibilizou, em 2009, 400 vagas de escrivão e 200 de agente 
de polícia. Os interessados em concorrer às oportunidades tiveram que 
comprovar o nível superior completo em qualquer área. Além disso, foi 
cobrada Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de categoria no mínimo B.
A
 organização dos processos seletivos ficou por conta do Cespe/UnB, que 
cobrou taxa de inscrição de R$ 110 e submeteu os candidatos às seguintes
 etapas: provas objetiva e discursiva; testes físico, médico e psicológico; curso de formação; e investigação social.
Opinião – Confira
 a entrevista com Leandro Macedo, coordenador do Mestre dos Concursos, 
cursinho especializado em aulas preparatórias para seleções de diversos 
órgãos.
JC&E – A demora para o lançamento do concurso da PF tem influenciado o ritmo de estudo dos alunos de que maneira?
Leandro Macedo
 – O que tenho observado é que os alunos não perderam o estímulo por 
conta da demora. O que está acontecendo é uma maior especialização, pois
 o candidato está tendo muito tempo para estudar um edital que não é 
muito grande e nem muito complexo.
A
 demora pode angariar novos interessados. Aquele candidato que achava 
que não teria tempo suficiente para aprender toda a matéria acaba sendo 
privilegiado por conta dessa demora e aquele que já vem estudando se vê 
obrigado a se especializar cada vez mais, pois o número de concorrentes 
tem aumentado em virtude do atraso. 
JC&E – Os alunos se mantêm otimistas quanto à abertura do concurso?
LM
 – Sim, bastante. Na verdade é uma carreira com muitos atrativos, como o
 sistema de plantão de trabalhar de sete a oito dias por mês e a 
aposentadoria especial por 30 anos de serviço, sem levar em conta a 
idade.
JC&E – A procura em relação às aulas preparatórias é grande?
LM –
 Sim, mantém-se grande. Consigo observar que em cursos especializados em
 concursos de segurança pública, a turma de grande referencial é para a 
Polícia Federal. 
JC&E – Qual é a expectativa em relação à abertura do concurso?
LM
 – A nossa presidente já está cedendo em diversos pontos e vem se 
mostrando flexível na ampliação do serviço público. Isso pode ser 
observado na recente convocação de 200 policiais rodoviários federais, 
aprovados em 2008. Isso mostra que existe uma flexibilização da 
contratação no setor. Acredito que até o final do ano teremos um edital 
da Polícia Federal.
Um abraço!
Fonte: http://jcconcursos.uol.com.br/Concursos/Concursos-Previstos/concurso-previsto-policia-federal-2011-1-35983 (um de nossos parceiros VIP)



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